quarta-feira, 25 de setembro de 2019

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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Planejamento em educação

O PLANEJAMENTO EM EDUCAÇÃO:
REVISANDO CONCEITOS PARA MUDAR CONCEPÇÕES E PRÁTICAS


Maria Adelia Teixeira Baffi
Petrópolis, 2002.

Pedagoga - PUC-RJ.
Mestre em Educação - UFRJ
Doutoranda em Pedagogia Social - UNED
Profª Titular - FE/UCP

 

     O ato de planejar faz parte da história do ser humano, pois o desejo de transformar sonhos em realidade objetiva é uma preocupação marcante de toda pessoa. Em nosso dia-a-dia, sempre estamos enfrentando situações que necessitam de planejamento, mas nem sempre as nossas atividades diárias são delineadas em etapas concretas da ação, uma vez que já pertencem ao contexto de nossa rotina. Entretanto, para a realização de atividades que não estão inseridas em nosso cotidiano, usamos os processos racionais para alcançar o que desejamos.
     As idéias que envolvem o planejamento são amplamente discutidas nos dias atuais, mas um dos complicadores para o exercício da prática de planejar parece ser a compreensão de conceitos e o uso adequado dos mesmos. Assim sendo, o objetivo deste texto é procurar explicitar o significado básico de termos, tais como planejamento, plano, programa, projeto, plano estratégico plano operacional, e outros, visando a dar espaço para que o leitor possa estabelecer as relações entre eles, a partir de experiências pessoais e profissionais. Cabe ressaltar que, neste breve texto, não se pretende abordar todos os níveis de planejamento, mesmo porque, como aponta Gandin (2001, p. 83),

        é impossível enumerar todos tipos e níveis de planejamento necessários à atividade humana. Sobretudo porque, sendo a pessoa humana condenada, por sua racionalidade, a realizar algum tipo de planejamento, está sempre ensaiando processos de transformar suas idéias em realidade. Embora não o faça de maneira consciente e eficaz, a pessoa humana possui uma estrutura básica que a leva a divisar o futuro, a analisar a realidade a propor ações e atitudes para transformá-la.

 
 
 
PLANEJAMENTO É

     1. Planejamento é processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento de empresas, instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades humanas. O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando à concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações (PADILHA, 2001, p. 30).

     2. Planejar, em sentido amplo, é um processo que "visa a dar respostas a um problema, estabelecendo fins e meios que apontem para sua superação, de modo a atingir objetivos antes previstos, pensando e prevendo necessariamente o futuro", mas considerando as condições do presente, as experiências do passado, os aspectos contextuais e os pressupostos filosófico, cultural, econômico e político de quem planeja e com quem se planeja. (idem, 2001, p. 63). Planejar é uma atividade que está dentro da educação, visto que esta tem como características básicas: evitar a improvisação, prever o futuro, estabelecer caminhos que possam nortear mais apropriadamente a execução da ação educativa, prever o acompanhamento e a avaliação da própria ação. Planejar e avaliar andam de mãos dadas.

     3. Planejamento Educacional é "processo contínuo que se preocupa com o 'para onde ir' e 'quais as maneiras adequadas para chegar lá', tendo em vista a situação presente e possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da educação atenda tanto as necessidades da sociedade, quanto as do indivíduo" (PARRA apud SANT'ANNA et al, 1995, p. 14).
     Para Vasconcellos (1995, p. 53), "o planejamento do Sistema de Educação é o de maior abrangência (entre os níveis do planejamento na educação escolar), correspondendo ao planejamento que é feito em nível nacional, estadual e municipal", incorporando as políticas educacionais.

     4. Planejamento Curricular é o "processo de tomada de decisões sobre a dinâmica da ação escolar. É previsão sistemática e ordenada de toda a vida escolar do aluno". Portanto, essa modalidade de planejar constitui um instrumento que orienta a ação educativa na escola, pois a preocupação é com a proposta geral das experiências de aprendizagem que a escola deve oferecer ao estudante, através dos diversos componentes curriculares (VASCONCELLOS, 1995, p. 56).

     5. Planejamento de Ensino é o processo de decisão sobre atuação concreta dos professores, no cotidiano de seu trabalho pedagógico, envolvendo as ações e situações, em constante interações entre professor e alunos e entre os próprios alunos (PADILHA, 2001, p. 33). Na opinião de Sant'Anna et al (1995, p. 19), esse nível de planejamento trata do "processo de tomada de decisões bem informadas que visem à racionalização das atividades do professor e do aluno, na situação de ensino-aprendizagem".

     6. Planejamento Escolar é o planejamento global da escola, envolvendo o processo de reflexão, de decisões sobre a organização, o funcionamento e a proposta pedagógica da instituição. "É um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social" (LIBÂNEO, 1992, p. 221).

     7. Planejamento Político-Social tem como preocupação fundamental responder as questões "para quê", "para quem" e também com "o quê". A preocupação central é definir fins, buscar conceber visões globalizantes e de eficácia; serve para situações de crise e em que a proposta é de transformação, em médio prazo e/ou longo prazo. "Tem o plano e o programa como expressão maior" (GANDIN, 1994, p. 55).

     8. No Planejamento Operacional, a preocupação é responder as perguntas "o quê", "como" e "com quê", tratando prioritariamente dos meios. Abarca cada aspecto isoladamente e enfatiza a técnica, os instrumentos, centralizando-se na eficiência e na busca da manutenção do funcionamento. Tem sua expressão nos programas e, mais especificamente, nos projetos, sendo sobretudo tarefa de administradores, onde a ênfase é o presente, momento de execução para solucionar problemas (idem.).
PLANO É

     1. Plano é um documento utilizado para o registro de decisões do tipo: o que se pensa fazer, como fazer, quando fazer, com que fazer, com quem fazer. Para existir plano é necessária a discussão sobre fins e objetivos, culminando com a definição dos mesmos, pois somente desse modo é que se pode responder as questões indicadas acima.
     O plano é a "apresentação sistematizada e justificada das decisões tomadas relativas à ação a realizar" (FERREIRA apud PADILHA, 2001, p. 36). Plano tem a conotação de produto do planejamento.
     Plano é um guia e tem a função de orientar a prática, partindo da própria prática e, portanto, não pode ser um documento rígido e absoluto. Ele é a formalização dos diferentes momentos do processo de planejar que, por sua vez, envolve desafios e contradições (FUSARI, op. cit.).

     2. Plano Nacional de Educação é "onde se reflete toda a política educacional de um povo, inserido no contexto histórico, que é desenvolvida a longo, médio ou curto prazo" (MEEGOLLA; SANT'ANNA, 1993, p. 48).

     3. Plano Escolar é onde são registrados os resultados do planejamento da educação escolar. "É o documento mais global; expressa orientações gerais que sintetizam, de um lado, as ligações do projeto pedagógico da escola com os planos de ensino propriamente ditos" (LIBÂNEO, 1993, p. 225).

     4. Plano de Curso é a organização de um conjunto de matérias que vão ser ensinadas e desenvolvidas em uma instituição educacional, durante o período de duração de um curso. Segundo Vasconcellos (1995, p. 117), esse tipo de plano é a "sistematização da proposta geral de trabalho do professor naquela determinada disciplina ou área de estudo, numa dada realidade".

     5. Plano de Ensino "é o plano de disciplinas, de unidades e experiências propostas pela escola, professores, alunos ou pela comunidade". Situa-se no nível bem mais específico e concreto em relação aos outros planos, pois define e operacionaliza toda a ação escolar existente no plano curricular da escola. (SANT'ANNA, 1993, p. 49).
PROJETO É

     1. Projeto é também um documento produto do planejamento porque nele são registradas as decisões mais concretas de propostas futuristas. Trata-se de uma tendência natural e intencional do ser humano. Como o próprio nome indica, projetar é lançar para a frente, dando sempre a idéia de mudança, de movimento. Projeto representa o laço entre o presente e o futuro, sendo ele a marca da passagem do presente para o futuro. Na opinião de Gadotti (apud Veiga, 2001, p. 18),

     Todo projeto supõe ruptura com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma estabilidade em função de promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores.

     2. Projeto Pedagógico, segundo Vasconcellos (1995)

        é um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita re-significar a ação de todos os agentes da instituição (p.143).

 
 

     Para Veiga (2001, p. 11) o projeto pedagógico deve apresentar as seguintes características:

     a) "ser processo participativo de decisões;
     b) preocupar-se em instaurar uma forma de organização de trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições;
     c) explicitar princípios baseados na autonomia da escola, na solidariedade entre os agentes educativos e no estímulo à participação de todos no projeto comum e coletivo;
     d) conter opções explícitas na direção de superar problemas no decorrer do trabalho educativo voltado para uma realidade específica;
     e) explicitar o compromisso com a formação do cidadão.
     f) nascer da própria realidade , tendo como suporte a explicitação das causas dos problemas e das situações nas quais tais problemas aparecem;
     g) ser exeqüível e prever as condições necessárias ao desenvolvimento e à avaliação;
     h) ser uma ação articulada de todos os envolvidos com a realidade da escola;
     i) ser construído continuamente, pois como produto, é também processo".

     3. Projeto Político-Pedagógico da escola precisa ser entendido como uma maneira de situar-se num horizonte de possibilidades, a partir de respostas a perguntas tais como: "que educação se quer, que tipo de cidadão se deseja e para que projeto de sociedade?" (GADOTTI, 1994, P. 42). Dissociar a tarefa pedagógica do aspecto político é difícil, visto que o "educador é político enquanto educador, e o político é educador pelo próprio fato de ser político" (GADOTTI, FREIRE, GUIMARÃES, 2000, pp. 25-26).

     Falar da construção do projeto pedagógico é falar de planejamento no contexto de um processo participativo, onde o passo inicial é a elaboração do marco referencial, sendo este a luz que deverá iluminar o fazer das demais etapas. Alguns autores que tratam do planejamento, como por exemplo Moacir Gadotti, falam simplesmente em referencial, mas outros, como Danilo Gandin, distinguem nele três marcos: situacional, doutrinal e operativo.
PROGRAMA É

     1. Padilha (2001), citando Bierrenbach, explica que um programa é "constituído de um ou mais projetos de determinados órgãos ou setores, num período de tempo definido" (p. 42). Gandin (1995) complementa dizendo que o programa, dentro de um plano, é o espaço onde são registradas as propostas de ação do planejador, visando a aproximar a realidade existente da realidade desejada. Desse modo, na elaboração de um programa é necessário considerar quatro dimensões: "a das ações concretas a realizar, a das orientações para toda a ação (atitudes, comportamentos), a das determinações gerais e a das atividades permanentes" (GANDIN, 1993, p. 36 e 1995, p. 104).
CONSTRUINDO UM CONCEITO DE PARTICIPAÇÃO

     A preocupação com a melhoria da qualidade da Educação levantou a necessidade de descentralização e democratização da gestão escolar e, consequentemente, participação tornou-se um conceito nuclear. Como aponta Lück et al. (1998), "o entendimento do conceito de gestão já pressupõe, em si, a idéia de participação, isto é, do trabalho associado de pessoas analisando situações, decidindo sobre seu encaminhamento e agir sobre elas em conjunto" (p.15).
     De acordo com a etimologia da palavra, participação origina-se do latim "participatio" (pars + in + actio) que significa ter parte na ação. Para ter parte na ação é necessário ter acesso ao agir e às decisões que orientam o agir. "Executar uma ação não significa ter parte, ou seja, responsabilidade sobre a ação. E só será sujeito da ação quem puder decidir sobre ela" (BENINCÁ, 1995, p. 14). Para Lück et al. (1998) a participação tem como característica fundamental a força de atuação consciente, pela qual os membros de uma unidade social (de um grupo, de uma equipe) reconhecem e assumem seu poder de exercer influência na determinação da dinâmica, da cultura da unidade social, a partir da competência e vontade de compreender, decidir e agir em conjunto.
     Trabalhar em conjunto, no sentido de formação de grupo, requer compreensão dos processos grupais para desenvolver competências que permitam realmente aprender com o outro e construir de forma participativa.
     Para Pichin-Rivière (1991) grupo é um "conjunto restrito de pessoas ligadas entre si por constantes de espaço e tempo, articuladas por sua mútua representação interna interatuando através de complexos mecanismos de assunção e atribuição de papéis, que se propõe de forma explícita ou implícita uma tarefa que constitui sua finalidade" (pp. 65-66). O que se diz explícito é justamente o observável, o concreto, mas abaixo dele está o que é implícito. Este é constituído de medos básicos (diante de mudanças, ora alternativas transformadoras ora resistência à mudança). Pichon-Rivière (ibdem) diz que a resistência à mudança é conseqüência dos medos básicos que são o "medo à perda" das estruturas existentes e "medo do ataque" frente às novas situações, nas quais a pessoa se sente insegura por falta de instrumentação.
     A partir desses breves comentários, pode-se compreender a importância do tão divulgado "momento de sensibilização" na implementação de planos, programas e projetos. Sensibilidade é "qualidade de ser sensível, faculdade de sentir, propriedade do organismo vivo de perceber as modificações do meio externo e interno e de reagir a elas de maneira adequada" (FERREIRA, s/d). Sensibilizar, portanto, é provocar e tornar a pessoa sensível; fazer com que ela participe de alguma coisa de forma inteira. Por outro lado, lembra Pichon-Riviére (1991) que "um grupo obtém uma adaptação ativa à realidade quando adquire insight, quando se torna consciente de certos aspectos de sua estrutura dinâmica. Em um grupo operativo, cada sujeito conhece e desempenha seu papel específico, de acordo com as leis da complementaridade" (p. 53).
     Com diz Libâneo (2001), a participação é fundamental por garantir a gestão democrática da escola, pois é assim que todos os envolvidos no processo educacional da instituição estarão presentes, tanto nas decisões e construções de propostas (planos, programas, projetos, ações, eventos) como no processo de implementação, acompanhamento e avaliação. Finalizando, cabe perguntar: como estamos trabalhando, no sentido do desenvolvimento de grupos operativos, onde cada sujeito, com sua subjetividade, possa contribuir na reconstrução de uma escola de que precisamos?
 
REFERÊNCIAS

BENINCÁ, E. As origens do planejamento participativo no Brasil. Revista Educação - AEC, n. 26, jul./set. 1995.

GADOTTI, M.; FREIRE, P.; GUIMARÃES, S. Pedagogia: diálogo e conflito. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

GANDIN, D. A prática do planejamento participativo. 2.ed. Petrópolis: Vozes, 1994.

_________ . Planejamento como prática educativa. 7.ed. São Paulo: Loyola, 1994.

_________ . Posição do planejamento participativo entre as ferramentas de intervenção na realidade. Currículo sem Fronteira, v.1, n. 1, jan./jun., 2001, pp. 81-95.

LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão escolar: teoria e prática. 4. ed. Goiânia: Editora alternativa, 2001

LÜCK, H. Planejamento em orientação educacional. 10. ed. Petrópolis: Vozes, 1991.

PADILHA, R. P. Planejamento dialógico: como construir o projeto político-pedagógico da escola. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2001.

PICHON-RIVIÈRE, E. O processo grupal. Trad. Marco Aurélio Fernandes. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

SANT'ANNA, F. M.; ENRICONE, D.; ANDRÉ, L.; TURRA, C. M. Planejamento de ensino e avaliação. 11. ed. Porto Alegre: Sagra / DC Luzzatto, 1995.

VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: plano de ensino-aprendizagem e projeto educativo. São Paulo: Libertad, 1995.

VEIGA, I. P. (Org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. 13. ed. Campinas: Papirus, 2001.
 

Para referência desta página:
BAFFI, Maria Adelia Teixeira. O planejamento em educação: revisando conceitos para mudar concepções e práticas. In.: BELLO, José Luiz de Paiva. Pedagogia em Foco, Petropólis, 2002. Disponível em: <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/fundam02.htm>. Acesso em: dia mes ano.

FASES E ETAPAS DO PLANEJAMENTO DE ENSINO

Fases e Etapas do Planejamento de Ensino

por: Colunista Portal - Educação
O planejamento é o processo, enquanto que o plano e o projeto são o seu produto
O professor ao planejar o ensino, antecipa, de forma organizada, todas as etapas do trabalho escolar. Cuidadosamente, identifica os objetivos que pretende atingir, indicar os conteúdos que serão desenvolvidos, seleciona os procedimentos que utilizará como estratégia de ação e prevê quais os instrumentos que empregará para avaliar o progresso dos alunos.

Pelo ensino executado de acordo com planos bem definidos e flexíveis, o professor imprime um cunho de maior segurança ao seu trabalho, e oportuniza aos alunos um progressivo enriquecimento do seu saber e da sua experiência.

O planejamento é o processo, enquanto que o plano e o projeto são o seu produto. Denomina-se à descrição de larga abrangência em termos de tempo e problemática. Projeto corresponde à descrição de abrangência menor.

Existem diversas situações correlatas entre si que, por sua natureza negativa, contribuem para e reforçam a criação e manutenção de uma imagem negativa da orientação educacional, bem como de limitações a essa área.

A experiência nos mostra que, do planejamento bem feito, resulta uma série de vantagens que recompensam, de longe, o tempo e energia nele despendidos. Os resultados desse esforço talvez não sejam imediatos, mas a prática tem comprovado que são de longo e largo alcance. É evidente que nenhuma atuação pode ter condições de eficiência e eficácia, se dirigida pela improvisação e pela falta de sistematização.

As vantagens que o planejamento oferece são de definir e ordenar objetivos perseguidos. Também estruturar e direcionar as ações a serem tomadas, tornando claras e precisas as responsabilidades quanto ao desenvolvimento das ações, racionalizando a distribuição de tempo, energia e recursos.

A principal finalidade do planejamento consiste em produzir um guia orientador para a ação a ser desencadeada, de maneira que os objetivos sejam transformados em realidades. Para que a transformação ocorra adequadamente, o planejamento visa a garantir que a ação proposta seja de forma objetiva, operacional, funcional, executável, contínua e produtiva, dando aspectos que estão relacionados às qualidades do planejamento.

Embora o planejamento seja reconhecido como condição necessária para que a ação produza de maneira mais adequada os resultados desejados, se observa que muitas pessoas resistem a se envolver nesta função. É por isso que professores percebem certas dificuldades e limitações em seus esforços de planejamento de trabalho. Essas dificuldades e limitações são de diversas origens: a falta de compreensão dos benefícios do planejamento, pressões do ambiente de trabalho para que sejam realizadas tarefas de resultado imediato, disponibilidade de tempo limitada, falta de habilidades para planejar.

O planejamento envolve habilidades de análise, previsão e decisão. Mais especificamente, habilidades de identificar necessidades, estabelecer prioridades, analisar alternativas de ação, definir objetivos, estabelecer estratégias, atividades e cronogramas de ação ajustados e definir programa de avaliação preciso e ajustado.
Colunista Portal - Educação
O Portal Educação possui uma equipe focada no trabalho de curadoria de conteúdo. Artigos em diversas áreas do conhecimento são produzidos e disponibilizados para profissionais, acadêmicos e interessados em adquirir conhecimento qualificado. O departamento de Conteúdo e Comunicação leva ao leitor informações de alto nível, recebidas e publicadas de colunistas externos e internos.


Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado
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Intercâmbio, Informações, Estudos e Pesquisas. A Educação dos Trabalhadores pelos Trabalhadores.

Propostas Aprovadas na Plenária Final da 1ª Confetec

EIXO TEMÁTICO IV: Estratégias operacionais de desenvolvimento da Educação Profissional e Tecnológica


IV. 1 - Sistema de gestão


Introdução

A gestão democrática é uma das estratégias de superação do autoritarismo, do individualismo e das desigualdades sociais. Assim, é preciso democratizar o espaço escolar e a cadeia de relações nele estabelecidas. Sua implantação exige o enfrentamento das distorções sociais presentes na legislação e nas práticas educacionais vigentes.
No que tange à democratização, é importante ressaltar alguns pontos, como: a participação democrática na elaboração, implementação, acesso e a avaliação da política pública, buscando a superação do viés compensatório; a relação democrática entre as instâncias governamentais, e destas com as instituições; a democracia interna das instituições mediante a participação democrática da comunidade educacional e na composição e eleição de seus órgãos diretivos.
Diante dessas questões, cabe ressaltar que a gestão democrática não se constitui num fim em si mesma, mas numa das estratégias de desenvolvimento nacional e de inclusão social.

Propostas Aprovadas:

  • Estabelecer, por meio de instâncias colegiadas, como conselhos e fóruns, e órgãos governamentais, tais como CGU e TCU, mecanismos de planejamento participativo, acompanhamento e controle das políticas públicas de Educação Profissional e Tecnológica, nas três esferas de governo, nas instituições públicas e privadas, bem como em organizações sindicais, organizações comunitárias e não governamentais, possibilitando a participação democrática dos atores envolvidos.
  • Elaborar e propor ao Legislativo, instrumentos jurídico-normativos, após consulta aos segmentos representativos, que incorporem os princípios, fundamentos, definições e políticas com vistas a desencadear ações inovadoras e consistentes na área da Educação Profissional e Tecnológica;
  • Elaborar e implementar um modelo de gestão que promova a inclusão social.
  • Construir mecanismos de gestão democrática em todas as instituições, envolvendo todas as redes que compõem a Educação Profissional e Tecnológica inclusiva e tecnologia assistiva.
  • Envolver as comunidade e instituições afins, por meio de suas organizações representativas, nos processos de definições, estruturação e avaliação dos cursos de Educação Profissional e Tecnológica.
  • Ampliar o acesso e permanência dos educandos das redes à Educação Profissional e Tecnológica mediante a expansão das vagas nas instituições públicas, aperfeiçoando as condições de permanência nas escolas, inclusive para as minorias, assim como criando mecanismos de combate à evasão escolar.


IV.2 - Proposta pedagógica


Introdução

A construção de uma educação tecnológica mais ampla, afinada com as propostas de uma cidadania ativa e crítica, requer se pensar nos processos formativos a serem desenvolvidos nos sistemas educacionais. A organização pedagógica precisa contemplar a organização de cursos de forma não-fragmentária, com planos de formação continuada que se estruturem em itinerários formativos, articulados a uma sistemática de certificação que favoreça a mobilidade e o desenvolvimento profissional. Assim é que convém acenar para a proposta de currículos integrados.
O importante é a construção de um plano de formação que organize itinerários formativos correspondentes às diferentes especialidades ou ocupações dos diferentes setores da economia. Pois a reorganização dos currículos com base na Educação Profissional e Tecnológica é entendida como uma dimensão essencial que ultrapassa as aplicações técnicas, interpretando a tecnologia como processo educativo e investigativo para gerá-la e adaptá-la às peculiaridades regionais, de maneira crítica, reflexiva e comprometida com o social.
Ao trabalhar nessa vertente, as instituições tentarão aplicar a tecnologia compreendida como ciência do trabalho produtivo e o trabalho como categoria de saber e produção, se organizando de maneira inovadora e provocando mudanças nos processos tecnológicos e nos produtos. Portanto, é preciso manter firmemente alguns princípios básicos:
a) vinculação estreita com a tecnologia, destinada à construção da cidadania, da democracia e da vida ativa de criação e produção dentro dos princípios de economia solidária;
b) desenvolvimento de uma cultura que unifique as funções do pensar e do fazer;
c) integração da geração, transmissão e utilização do conhecimento para solução da problemática econômico-social da região;
d) articulação verticalizada entre os vários níveis de ensino em áreas tecnológicas, promovendo oportunidades para uma educação continuada e otimizando o uso comum da infra-estrutura existente;
e) organização descentralizada mediante a possibilidade de implantação de multicampi, inserindo-se na realidade regional e oferecendo seus serviços resultantes de ensino e pesquisa aplicada.


Propostas Aprovadas:

  • Criar mecanismos (fóruns, seminários, jornais e outros) para a socialização de experiências pedagógicas que vêm sendo desenvolvidas pelas diversas instituições que integram as redes de Educação Profissional e Tecnológica, garantindo a participação dos diversos atores que constituem o processo educacional.
  • Ofertar cursos atendendo as diversidades e peculiaridades regionais conforme identificação e análise de demandas que favoreçam a geração de trabalho e renda e a inclusão social, traduzindo-se nas matrizes curriculares.
  • Elaborar currículos para as diferentes formas de articulação da educação profissional com os diversos níveis educacionais, priorizando o trabalho como princípio educativo, articulando ciência, tecnologia e cultura, considerando-se a realidade do mundo do trabalho.
  • Propiciar a construção de currículos/cursos contextualizados e flexíveis, organizados a partir dos itinerários formativos estabelecidos.
  • Estabelecer mecanismos e critérios de Avaliação Institucional periódica dos cursos de Educação Profissional e Tecnológica, bem como a divulgação dos resultados, visando à melhoria da qualidade do ensino.
  • Criar sistema de avaliação de egressos da Educação Profissional e Tecnológica.
  • Promover ações de intercâmbio nacional e internacional de experiências de formação de profissionais de EPT.


IV.3 - Educação a Distância - EAD


Introdução

A democratização do acesso à Educação Profissional e Tecnológica se depara com a limitação da oferta de vagas e condições de atendimento das diferentes realidades estruturais do país: minorias, lugares de difícil acesso, formação de docentes e adequação aos arranjos produtivos locais. A Educação a Distância tem sido apontada como uma possibilidade de alcance a essas demandas, através de processos de inclusão digital, formação à distância, criação de telecentros e ativação de centros vocacionais tecnológicos.

Propostas Aprovadas

  • Promover e incentivar a adoção e implementação de novas metodologias no âmbito da EPT, por meio de diferentes sistemas e tecnologias de informação e comunicação.
  • Expandir, incentivar e democratizar o acesso às TIC, objetivando a ampliação da capacidade de inovação no âmbito da EAD, promovendo a inclusão digital e a atualização permanente dos recursos humanos e equipamentos dos espaços institucionais gratuitos.
  • Promover a articulação entre as diferentes instâncias governamentais e não governamentais que operam com a democratização das TIC, visando uma participação mais ampla, ativa e permanente das redes e/ou sistemas de EPT em programas de construção e socialização do conhecimento e de oportunidades educacionais.
  • Estruturação de uma rede cooperada e integrada de EAD constituída por instituições governamentais, telecentros, pólos de inclusão digital, centros vocacionais tecnológicos, núcleos tecnológicos de EAD, escolas pólos, centro de disseminação e unidades móveis de EAD, a fim de ampliar, interiorizar e democratizar o acesso gratuito a programas de conscientização digital, capacitação e formação em EPT.
  • Estruturar programa de incentivo à criação de núcleos institucionais de pesquisa e inovação que objetive o desenvolvimento de novas metodologias que utilizem as TIC; software livre na implantação de plataformas de EAD e novos recursos das denominadas “gerações” de EAD.
  • Consolidação da infra-estrutura de EAD nas instituições de EPT e estímulo a constituição de equipes multidisciplinares especializadas.
  • Estruturar programas de informação e atualização de gestores e profissionais de EPT nos princípios e metodologias relacionadas a EAD e no acesso as TIC.
  • Estruturação de um programa de formação de educadores nas diversas “gerações” de EAD e inclusão nos currículos das graduações de bases teóricas e metodológicas das novas tecnologias de EAD.
  • Estruturar programa de fomento de projetos de EAD desenvolvidos por meio do modelo de incubadoras físicas e virtuais.
  • Criar uma rede virtual temática para compartilhamento e busca contextualizada de conteúdos educacionais digitais validados, produzidos sob a forma de objetos de aprendizagem.
  • Incentivo à criação de redes e grupos virtuais que objetive o compartilhamento de experiências êxitosas; material didático nas várias mídias; metodologias inovadoras; cursos e serviços virtuais.
  • Criação de fóruns permanentes de discussão de políticas públicas, do ensino e de pesquisa e das experiências na área de EAD.
  • Criar um sistema nacional de avaliação da EAD.


IV.4 - Formação e valorização dos profissionais de Educação Profissional e Tecnológica


Introdução

A formação de professores de educação profissional e tecnológica, de educadores ou de profissionais especializados, assim como de gestores, permanece como uma questão grave e fundamental, exigindo medidas concretas.
A falta de qualificação é, sem dúvida, um grande entrave para a melhoria da qualidade e da expansão da educação profissional. O arrocho salarial dos profissionais da educação, tanto pública quanto privada, estimula o abandono dos professores da carreira docente, conduzindo à rotatividade de professores, contratos precarizados, gerando uma situação de não-permanência em projetos institucionais.
Há urgência na formulação de uma política global de formação dos profissionais da educação que articule: formação inicial e continuada e plano de carreira e salários condignos, ouvidas as entidades destes profissionais.
A formação de professores para a Educação Profissional e Tecnológica necessita ser discutida em termos de legislação a ser aplicada e de seu efetivo controle na prática das instituições públicas e privadas, constituindo-se num direito que possibilita o desenvolvimento e o aprimoramento desses trabalhadores, o que contribui para a qualidade social das atividades educativas.
A sua relevância consiste numa condição essencial para o processo de expansão qualitativa e quantitativa da Educação Profissional e Tecnológica e num elemento fundamental para uma política educacional comprometida com a justiça social.

Propostas Aprovadas

  • Adotar medidas que beneficiem a estruturação das carreiras e valorização dos profissionais de Educação Profissional e Tecnológica das redes municipal, estadual, federal e privada observando a efetiva elaboração de planos de carreiras contemplando as várias modalidades de educação profissional e para seus diferentes profissionais (gestores, técnicos e docentes), que atendam o seu desenvolvimento e crescimento:
    o horizontal: avaliação de desempenho (práticas e resultados) e tempo de serviço.
    o vertical: titulação, cursos de aperfeiçoamento e experiência no meio produtivo.
  • A co-responsabilidade das instituições de ensino profissional junto às universidades sobre a formação pedagógica dos professores, mantendo programas de formação pedagógica inicial e continuada ou criando condições para que o profissional participe de programas de formação pedagógica, oferecidos por outras instituições credenciadas por órgãos reguladores. A garantia de piso salarial nacional para docentes de EPT, considerando, para tal, o maior piso praticado no país.
  • Adotar medidas que garantam a periodicidade de recomposição e expansão do quadro de profissionais da EPT nas instituições públicas, por meio de concursos públicos.
  • Estabelecer uma política de formação inicial e continuada, tanto em nível de graduação como de pós-graduação, além de programas de extensão direcionados aos profissionais que atuam na Educação Profissional e Tecnológica.
  • Desenvolver e efetivar um programa nacional de formação inicial e continuada, em serviço, para profissionais de educação profissional e tecnológica em nível de graduação e pós-graduação lato e stricto sensu.
  • Desenvolver e efetivar um programa nacional de formação inicial e continuada em serviço para gestores de educação profissional e tecnológica, em nível de pós-graduação lato e stricto sensu observando a criação de programas, inclusive de Educação a Distância, e o estabelecimento de parcerias com instituições credenciadas.
  • Incentivar o desenvolvimento de cursos que aprofundem conhecimentos tecnológicos e de gestão da inovação, visando a formação continuada dos profissionais que atuam na Educação Profissional e Tecnológica podendo-se viabilizá-los por meio de acordos de cooperação com o setor produtivo.

Site: http://www.iiep.org.br/page013iv.html

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O Ozônio

Ozonizador para água (MA013)
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Escrito por Newton C. Braga   
O gás ozônio tem propriedades bactericidas que podem ser aproveitadas na purificação da água ou mesmo para a limpeza de alimentos. Se bem que os níveis de ozônio que devem ser utilizados na purificação da água ainda não estejam regulamentados em nosso país, impedindo que a água ozonizada seja bebida de maneira despreocupada, a utilização de um ozonizador pode ser indicada para a lavagem de alimentos e louças.

Há alguns anos publicamos um artigo referente a um ozonizador para água potável, ocasião em que o assunto ainda era um pouco controvertido. 
Ainda hoje a regulamentação dos níveis de ozônio não está bem definida, pois uma ozonização excessiva da água potável pode causar até úlceras, e alguns outros problemas não muito bem determinados pelas autoridades sanitárias.
Assim, o que se recomenda no caso do uso de tais aparelhos é que a água seja utilizada para lavar alimentos ou louças, aproveitando deste modo, as propriedades bactericidas do ozônio quando produzido na água.
O aparelho que descrevemos ozoniza a água de uma forma simples e segura e pode ser montado com poucos componentes de baixo custo.

O QUE É O OZÔNIO
O oxigênio na sua forma natural consiste numa molécula biatômica, ou seja, é formada por dois átomos de oxigênio, daí a conhecida fórmula O2.
Entretanto, sob condições especiais, podemos unir três átomos de oxigênio para formar uma molécula que passará a ter propriedades diferentes do oxigênio biatômico. Esta molécula é a do conhecido gás ozônio (O3).


A produção do gás ozônio a partir do oxigênio pode ser feita com uma descarga elétrica de alta tensão.
Como a água comum possui oxigênio dissolvido, podemos transformá-lo parcialmente em ozônio, bastando para isso "dar uma descarga de alta tensão".
O ozônio que se forma dissolvido na água pode então manifestar sua propriedades bactericidas bem conhecidas dos médicos.
Os equipamentos de ozonização comerciais fazem justamente isso.
No nosso caso, propomos ao leitor a montagem de um ozonizador utilizando materiais e componentes comuns.
Evidentemente, como a quantidade de ozônio produzida não é controlada, não se recomenda de modo algum que a água produzida seja considerada potável.

COMO FUNCIONA
Nosso circuito gerador de alta tensão consiste num oscilador de relaxação com uma lâmpada néon excitando um SCR.
Como carga o SCR usa uma bobina de ignição comum de carro, que pode gerar tensões na faixa de 10 000 a 50 000 V sendo mais do que suficiente para a produção do ozônio.
No nosso circuito, a tensão da rede de energia é retificada por D1, servindo ao mesmo tempo, para carregar o capacitor C1 e o capacitor C2 através do resistor R1 e do trimpot de ajuste P1.
A tensão no capacitor C2 sobe então até atingir o valor necessário ao disparo da lâmpada néon, algo em torno de 80 V. Quando esta tensão é alcançada, o capacitor se descarrega pela lâmpada néon disparando o SCR.
Com o disparo, o SCR fecha o circuito de descarga de C1 pelo enrolamento de baixa tensão da bobina de ignição.
Ocorre aí a descarga de C1 pela bobina gerando um pulso de muito alta tensão.
A alta tensão é aplicada ao eletrodo especial em contato com a água ocorrendo a produção do ozônio.
Tão logo C1 e C2 se descarregam, o SCR desliga e a lâmpada néon volta ao seu estado de não condução. Então, o processo ocorre novamente.
A velocidade com que os pulsos de descarga que geram a alta tensão são produzidos pode ser ajustada em P1, e é da ordem de algumas dezenas até algumas centenas por segundo, garantindo assim a geração de forma constante da alta tensão no eletrodo.
O circuito pode ser alimentado pela rede de 110 V ou 220 V e possui um consumo de energia bastante baixo (da ordem de 5 a 10 W), não comprometendo portanto a conta no final do mês.


MONTAGEM
Na figura 2 temos o diagrama completo do ozonizador.

A montagem dos componentes numa placa de circuito impresso é vista na figura 3.


O valor de R1 depende da tensão da rede de energia, conforme indicado no diagrama. Deve ser usado um resistor de fio, já que este componente funciona levemente aquecido.
O SCR deve ser sufixo B ou D se a rede de energia for de 110 V, e sufixo D se a rede de energia for de 220 V. Não será preciso montar este componente em radiador de calor dada a baixa corrente média em funcionamento.
O capacitor C1 pode ser eletrolítico ou de poliéster com uma tensão de trabalho de pelo menos 200 V, se a rede for de 110 V, e 400 V se a rede for de 220 V. O capacitor C2 é de poliéster e deve ter uma tensão mínima de trabalho de 100 V.
Qualquer lâmpada néon comum pode ser utilizada no projeto.
A bobina de ignição pode ser de qualquer tipo, inclusive os usados em motos. Na figura 4 damos pormenores da montagem do eletrodo de ionização.


Este eletrodo é formado por dois tubos de PVC montados um dentro do outro, possuindo o tubo interno uma tela metálica onde será aplicada a alta tensão.
Para fazer a ligação do aparelho a esta tela de alta tensão deve ser usado cabo apropriado (de alta isolação) evitando-se assim, o perigo de choque caso alguém toque nele.
O eletrodo é montado de modo a formar um tubo de Venturi, conforme ilustra a figura 5.


Este tubo pode ser feito com uma caneta esferográfica velha e uma serpentina de geladeira. Quando a água passa pelo tubo, ocorre a sucção do ar ozonizado em contato com o eletrodo, conforme mostra a mesma figura. Este ar, rico em ozônio, mistura-se com a água onde acontece a dissolução.
Observe que a vedação do tubo na parte inferior deve ser perfeita, para que não ocorram vazamentos. Apenas na parte superior devem existir furos para entrada do ar. A água ozonizada pode ser levada a um reservatório para uso.


PROVA E USO
Para verificar se a  alta tensão está sendo produzida basta aproximar uma lâmpada fluorescente, ou ainda uma lâmpada néon do terminal de alta tensão da bobina de ignição.
Ajuste P1 para o melhor funcionamento, ou seja, maior brilho da lâmpada usada como teste. Deixando o aparelho ligado, poderemos perceber o cheiro de ozônio, produzido pela alta tensão gerada no circuito.
Comprovando o funcionamento, pode-se fazer a instalação definitiva.
Feche o circuito em caixa bem isolada para evitar contatos perigosos.
Se quiser, acrescente uma chave para acionar o circuito somente quando for usá-lo, ou ainda algum dispositivo que o acione quando a água circular. Utilize a água ozonizada apenas para a lavagem de alimentos ou louças. Evite bebê-la pura ou fazer sucos ou bebidas com ela.


LISTA DE MATERIAL
Semicondutores:
D1 - 1N4004 (110 V) ou 1N4007 (220V) - diodo retificador de silício.
SCR - TIC106B ou D (110 V) ou TIC106D (220 V) - diodo controlado de silício

Resistores: (1/8W, 5%)
R1 - 1,2 kΩ 10 W - 110 V ou 2,2 kohms x 10 W (220 V) - fio
R2 - 100 kΩ
R3 - 47 kΩ

Capacitores:
C1 - 1 a 10 µF x 200 V (110 V) ou 1 a 10 µF x 400 V (220V) - eletrolítico ou poliéster
C2 - 100 nF x 100 V - poliéster

Diversos:
P1 - 1 MΩ - trimpot
T1 - Bobina de ignição - ver texto
NE-1 - lâmpada neon comum
X1 - Eletrodo - ver texto

Placa de circuito impresso, cabo de alimentação, material para o eletrodo e tubo de Venturi, caixa para montagem, fios, solda, etc.


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sábado, 15 de setembro de 2012

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Postado em 05-15-2012 às 21:12 por agentecidadao

Ciclos vitais

Sempre que penso nos movimentos que a vida faz, concluo que estes são ciclos absolutamente vitais. Revitalizam nossas vidas, renovam nossas esperanças, ou até erguem e destroem coisas belas, como diria Caetano Veloso. E o Agente Cidadão pretende ajudar nesse papel, levando consigo aquilo que não faz mais sentido…
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  1. RT @brownmano: http://www.rapnacional.com.br/2010/index.php/noticias/amanha-tem-show-beneficiente-com-mano-brown-e-big-ben-bang-johnson/
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segunda-feira, 10 de setembro de 2012


por Jairo Siqueira em 18/03/2007 · 25 comentários
O Mapa Mental (Mind Map) é um valiosa técnica que melhora o processo de anotar e organizar suas idéias e fortalece sua criatividade na solução de problemas. Usando o Mapa Mental você pode identificar e entender rapidamente a estrutura do assunto estudado, pois as relações e conexões entre as diversas peças de informação ficam mais evidentes.
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Mapa Mental (Mind Map)
Os Mapas Mentais são utilizados para:
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